O São Paulo continua firme em sua jornada para ser o maior campeão do Brasil. Após conquistas 6 Brasileirões, 3 Libertadores e 3 Mundiais, o time segue firme para conquistar a série B de 2010. Esta semana, a equipe deu um grande passo ao perder para o Corinthians por 3×1. Focada nesse objetivo, a diretoria tricolor já providenciou um expert em fracassos para comandar a equipe. Ricardo Gomes, aquele que não classificou a seleção olímpica de Diego e Robinho para Atenas assume o time ainda essa semana.
Leia Mais…24 de junho de 2009
18 de junho de 2009
Silêncio...
O estádio se levanta, grita, empurra, mas o segundo gol não vem.
Daqui a algumas horas, inicia-se a primeira partida da decisão da Libertadores 2005. A quinta na história do São Paulo. A quarta que vivencio pessoalmente.
A primeira na história de muitos são paulinos jovens.
Como enfrentar a ansiedade, a angústia que atormenta a cabeça, parece dificultar a respiração? Como evitar que a memória nos traga de volta as cenas de 1994, a dor da derrota em casa, um Morumbi pronto para a festa, e silencioso...
Todos nós temos, lá dentro, este temor. O medo de que, no fim, tudo seja silêncio.
Pois eu digo: assim como o som da massa tricolor a entoar o hino e os cânticos que tanto vêm marcando nossos jogos, o silêncio é nosso aliado.
Estava lá naquele dia 17 de junho de 1992 quando um Morumbi lotado asistia São Paulo x Newell’s Old Boys. Milhares e milhares à espera do título inédito, e se podia ouvir o vôo de uma mosca, a queda de um lenço. Tensão, minutos passando, as maiores oportunidades desperdiçadas, as chances começando a rarear, o adversário contra-atacando, quase fazendo. Sai Muller, um dos maiores ídolos do time, vaiado, e entra Macedo.
Em sua primeira participação, corta da direita para o centro da área e o zagueiro Gamboa o puxa pela camisa. Centésimos de segundo de silêncio, antes da explosão de alívio, mais até que de alegria. Pênalti. Raí toma distância e os gritos por seu nome cessam quando ele inicia a caminhada em direção à bola. Silêncio... E então 105.000 vozes fazem o Morumbi vir abaixo.
Vêm os pênaltis. Raí acerta o primeiro, eles erram. Ivan acerta o segundo, eles idem. Ronaldão erra... De novo, o silêncio, que é a forma mais contida da energia mais pura do ser humano: o medo. É no silêncio que está o pranto que ainda não emite sons, a oração que só conseguimos pensar. O silêncio, após a cobrança de Ronaldo, foi tão pesado, tão intenso, que parece ter criado uma redoma de esperança, de fé em volta do gol de Zetti. E nem bem lamentávamos a perda de Ronaldo, eles erraram novamente, a bola desviou na “redoma” e passou longe.
E veio Cafu... GOL. E então veio Gamboa. Houve gritos, Zetti ovacionado, mas, quando o zagueiro se postou para bater, silêncio. Eu, ajoelhado e de costas na arquibancada, desde o erro de Ronaldão, esperava a reação dos que continuavam com os olhos fixos no campo. Lembro-me bem de ouvir o som que o vento fazia, um assovio contínuo. De repente, o baque surdo de um chute... e um outro som, fraco, que não consegui definir. Era a bola tocada pelas mãos de Zetti. E o Morumbi estremeceu, milhares pularam, gritaram, se abraçaram. O êxtase tomou conta de tudo, a loucura espalhou-se, uma massa branca passou a tomar o gramado, enquanto eu, chorando copiosamente, sendo abraçado, levantado e consolado pelos amigos e os desconhecidos, ainda reunia forças para me colocar de pé. Só então não houve mais silêncio. Apenas o hino que aprendi a cantar praticamente ao mesmo tempo em que aprendi a falar.
Naquele mesmo ano, no dia 13 de dezembro, em Tóquio, São Paulo e Barcelona empatavam em 1 a 1, quando o árbitro argentino Juan Carlos Loustau apitou uma falta em Palhinha aos 33 minutos do segundo tempo. Os gritos de incentivo cessaram, no Japão e aqui, enquanto Raí se postava, mãos na cintura. Raí dá um passo, um toque, Cafu pisa sobre a bola, Raí atira... O exato segundo em que a bola entra no ângulo direito de Zubizarreta é um momento de silêncio, de perplexidade. Nós, em seis na sala de minha casa e, tenho certeza, cada são paulino em Tóquio, aqui ou em qualquer parte do mundo, hesitou por alguns centésimos. GOL. E então, os atos tresloucados, as lágrimas, os gritos, os abraços, os copos sendo espatifados.
Na volta à realidade, novamente o silêncio, à espera do apito final, intercalado por alguns urros de “marca”, “tira”, “ataca”. Aos 47 minutos do segundo tempo, Loustau pede a bola. Em minha sala, todos se olham por um segundo. E então iniciam-se os berros, eu corro sem direção, em círculos pela sala, grito, dou cabeçadas na parede, atiro-me ao chão e o esmurro, gritando “É CAMPEÃO, CARALHO!!!! É CAMPEÃO DO MUNDO!!!” Alexandre Paixão (era, de fato seu sobrenome), um grande tricolor, fica paralisado no meio da sala, chorando como uma criança e só diz bem baixinho, olhos arregalados, como a não acreditar: “Campeão do mundo... campeão do mundo... campeão do mundo...”
Meu amigo Marcelo, o Barba, envolve-se com a bandeira, senta-se em um pufe e chora. João Marcos chora e grita. Sérgio Lessa chora e nos abraça. Não há olhos sem lágrimas em minha casa. Não houve, naqueles dois dias de 1992, olhos sem lágrimas no estádio ou na casa de qualquer são paulino.
Antes que esta nova decisão comece, terei uns momentos de silêncio. Vou me concentrar, pensar em meu pai quebrando os pratos para desabafar e comemorar o título do Brasileiro 77, em minha mãe sorrindo de felicidade quando via minha expressão a cada conquista, em meu sobrinho rindo e chorando ao mesmo tempo após a final das duas Libertadores e dos dois Mundiais que conquistamos e me abraçando forte, às lágrimas, após a final do Paulista 98. Vou pensar em minha irmã, e minha sobrinha, no Marcelo, meu amigo, que estará sentado a meu lado na quinta que vem. Em minha mulher, torcendo apenas por saber o que significa pra mim. Desculpem se me repito, mas família e amigos têm uma grande relação com tudo isso.
Façam o mesmo. Reservem-se alguns momentos de silêncio, para lembrar de tudo o que o São Paulo já nos proporcionou e ainda proporcionará. Nos momentos que nos fizeram assim, apaixonados pela camisa de três listras. No porquê de enfrentarmos horas de fila, desorganização, desrespeito, baderna, e ainda assim não arredarmos pé ou mesmo sucumbirmos a comprar ingresso de cambista.
Pensarei no som do vento que ouvi naquele 17 de junho de 1992 no Morumbi, antes de o último pênalti ser batido pelo Newell’s Old Boys. E lembrarei que o silêncio da ansiedade, do medo, da fé, da esperança, transformou-se na mais maravilhosa festa de que já se teve notícia em um estádio brasileiro, abençoada, num cantinho do gramado, pela imagem de Nossa Senhora Aparecida, ali colocada em respeito à devoção de alguns membros da Comissão Técnica, particularmente de um senhor idoso, de cabelos grisalhos, que, sorridente e ao mesmo tempo dominado pela emoção, esquecia-se de seus méritos, para repetir a todo momento, palavras de amor e gratidão à torcida são paulina: um certo Telê Santana.
9 de junho de 2009
honor him - 11/06/2009

uma camisa da seleção brasileira daquelas que você tem que juntar 25 selos do lance mais R$19,90,um tenis de jogar bola HORRÍVEL azul, e uma bermuda daquelas que vira calça, ou seria calça que vira bermuda?, enfim, pra variar as primeiras amizades dele foram os detestáveis nerds da turma.
Até aí tudo bem, ele não tinha nada a me acrescentar mesmo. Era mais um 'novato' no meio de
tantos outros. Eis que um dia fomos jogar bola, e não é que jogava bem o garoto? Adotamos ele pra nossa turma puxamos a cadeira dele beeeeeeeeem lá pro fundo e do nada ou zero absoluto ele tomou um espaço gigantesco na vida da galera. Tinha um coração gigante, péssimas piadas prontas que faziam todos rir pelo simples fato de serem ridículas, tinhamos mais ou menos os mesmos problemas, inclusive com as mesmas pessoas. Ele morava do lado de um outro "irmão" e quantas vezes pulamos aquele muro, demos berros da janela, pra ir pra piscina, pra jogar video-game, pros churrascos em cima da hora, pra comer bolacha,pizza, pra fazer nada e dar risada, nossa especialidade aliás.
Teve aquela vez que brigamos também. Por mulher óbvio. Meses sem se falar, ignorando ele quando comprimentava a galera, queimando ele nos extintos "clãs", sair junto então?
Nem pensar! Mas quer saber? Eu faria tudo isso mais uma vez se preciso. Talvez se não fosse tão
turrão e orgulhoso não descobriria como pareço com ele, nossa amizade não seria tão intenso e
nossos laços não seriam fortes. Fato é que de desconhecido pra irmão ele foi o 1bertu pra ele
mesmo, o Cabelinho pros desconhecidos, o Bolivia pros camaradas, o Beto pra algumas meninas, o Ciclista pra galera 'nonsense' do pedal, o Bê pra nós da família. É o unico pesar da nossa amizade é que ele só jogou bola naquela vez que olhamos pra ele a primeira vez, depois?, pfff... mais perna de pau que eu! E olha que isso não é tããããããão fácil de acontecer.
Eu lembro um dia que não sei porque raios eu fui pro colégio de carro, o mesmo e bom experientíssimo Gol 1992, tudo bem que naquele dia ele ainda não tinha assoalho, era todo batido, o branco tava mais pra bege, e mais mil coisas... Você olhou pra mim e disse " VOU A PÉ" não entro nesse carro nem pagando, e como a gente RIA! Você foi o primeiro a entrar e a reclamar do único auto-falante que funcionava naquele toca fitas velho, todos apertados no banco traseiro verdes de fome, em direção a casa do Carreri pra comer aqueeele almoço, foi nesse momento que você com o carreri tiveram a brilhante idéia de juntar os dois fios do ' brake light ' eu reclamando da fumaça que achava que vinha de fora e os dois brancos de medo porque o carro tava pegando fogo. Eu lembro daquele aniversário da maethê que você disse umas bobagens e saiu andando sem rumo e berrava pra eu não te seguir porque você ia chamar a polícia. Eu lembro de quando você fazia uma PUTA de uma merda depois colocava a mão na boca pra não rir e jurava de pé junto que não tinha sido você, Não dá pra explicar como isso é engraçado, mas, acredita em mim: é engraçado p-a-r-a c-a-r-a-l-h-o. Eu lembro das nossas confidências, caralho, eu lembro de tanta coisa... B.D.O, SKOLaxados, Praia, Floripa, eu você nós vós eles...
No seu aniversário do ano retrasado eu não fui porque tive a entrevista do meu primeiro emprego, você completava 18 anos e a gente tava virando gente, no ano passado eu não faço a mínima idéia do que estava fazendo! Mas lembro que não fui, e cara...quer saber?
PQP! Como eu me arrependo!
A gente viveu tão pouco mas foi tão intenso, os anos agregaram um 0 a mais o 5 virou 50, mas mesmo assim, 50 é tão pouco pra quem poderia jogar damas aos 70 anos...
Quem liga para avisar que hoje um 10 de março? P/ um dia 13? 10 de Abril? 11 de junho?
Eu ja te mandei a merda milhares de vezes, eu vou lá só pra ouvir teu silencio ele me faz bem, mas a tecla que eu queria bater mais uma vez hoje, é que vocês, se é que alguém vai ler isso aqui, não imaginam o quanto é duro perder o chão e ficar seis meses flutuando no nada. Dói, e dói muito.
Mais uma vez eu termino achando que faltaram palavras, não que você fosse um santo, longe disso, mas que nossa amizade era maior, Ah se era!
Onde você estiver meu irmão, feliz aniversário.
"Te amo mlk!
é noi.S sempre"
E como diria ela...
eu continuo POR VOCÊ e POR MIM. H
E na real também, eu só queria que fosse primeiro de abril e alguem viesse me falar que foi só mais uma brincadeira sua.
Resto do Post